A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou um empréstimo de R$ 10,5 bilhões ao setor elétrico. O valor será financiado por um grupo de bancos públicos e privados.
O empréstimo será usado para ressarcir o valor pago pelas distribuidoras que custearam a geração de energia por usinas termelétricas, atingindo seu ápice no ano passado durante a maior crise hídrica dos últimos 91 anos.
A operação deve evitar reajustes elevados nas tarifas dos consumidores em 2022. Os recursos, porém, serão pagos a partir de 2023, com incidência de juros, o que aumentará a conta de luz dos brasileiros.
Nas próximas semanas, a ANEEL fará o pagamento da primeira das duas parcelas. O valor (de R$ 5,4 bilhões) será depositado na CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) e, posteriormente, repassados às distribuidoras, conforme o prejuízo de cada empresa com a escassez hídrica.
Já a segunda parcela do empréstimo – estimada em R$ 5,2 bilhões – ainda passará por consulta pública e não tem previsão de quando será regulamentada pela ANEEL.
É possível entender que o empréstimo anunciado pela ANEEL de R$ 10,5 bilhões apenas favorece o setor de solar brasileiro. Isso porque, quanto mais caro fica a conta de luz, maior é o número de pessoas que passam a se interessar pelos painéis solares, na busca por uma alternativa para economizar.
Para o setor de energia solar essa é uma medida “favorável”, porque a energia vai continuar cada vez mais cara. Então, a conta dos sistemas fotovoltaicos vai ficar ainda mais atrativa, com uma boa redução no tempo de retorno dos investimentos.